sexta-feira, 10 de março de 2017

Opinião | "Embers"

Realização: Claire Carré
Argumento: Charles Spano, Claire Carré
Com:  Jason Ritter, Iva Gocheva, Greta Fernández, Karl Glusman, Roberto Cots, Silvan Friedman, Tucker Smallwood
Género: Drama, Ficção-Científica

Futuro distópico. Um vírus que causa a perda de memória a curto prazo. Maior parte da população mundial afectada.

O filme salta de história em história focando-se num casal, um rapaz muito jovem, num homem afro-americano que parece ser médico ou professor, num jovem adulto que só causa problemas a ele e aos outros e num pai e numa filha fechados num buncker . Só dois destes personagens não têm qualquer problema de memória - o pai e a filha que se fecharam no buncker antes que fossem afectados.

Durante o filme é possível ver como é difícil viver sem um passado, sem memórias. Até as mais pequenas coisas são complicadas de fazer.



Fiquei muito impressionada com o filme, no entanto não lhe dei uma grande classificação. O argumento está dirigido para nos envolvermos com os personagens, apela à pena, começamos a torcer por cada um deles, tentamos perceber quem são, o que fazem e para onde vão. É impossível não gostarmos deles. Infelizmente, o filme não tem um fim marcado, é deixado em aberto - não quer dizer que não tem uma mensagem por trás, porque tem! E a meu ver é que não conseguimos viver sem memórias mas há certas situações em que esquecer o que aconteceu por completo é bom para continuarmos com a nossa vida.

Ficamos com pena daqueles que perdem a memória, que se perdem uns dos outros, que encontram novas pessoas com quem interagir... e depois atingem-nos com um "eu tenho memória, mas não quero viver preso aqui para sempre".

É um filme poético e bonito, com o seu quê de controverso. Viver com ou sem memória? Fazer a escolha? Ou não ter escolha?

Classificação: 7/10
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