Opinião | "Don't Knock Twice"

Realização: Caradog W. James
Argumento: Mark Huckerby, Nick Ostler
Com: Katee Sackhoff, Lucy Voynton, Richard Mylan, Nick Moran, Javier Botet, Pooneh Hajimohammadi, Ania Marson, Callum Griffiths
Género: Terror

A escultora Jess tenta conquistar de volta a custódia da sua filha Chloe, há alguns anos internada numa instituição.

Numa noite, Chloe e o seu namorado Danny decidem brincar com as lendas urbanas - uma casa antiga onde se se batesse duas vezes à porta e a bruxa Mary Aminov viria para os assombrar. No mesmo dia, Danny é perseguido pelo espírito e desaparece por completo. Quando o espírito começa a perseguir Chloe, esta corre para a casa da sua mãe e padrasto, o único sítio onde sente que será protegida.

Quando o Padrasto vai numa viagem de negócios, Jess e Chloe ficam sozinhas mas o espírito finalmente descobre onde Chloe se esconde. No meio da trama, a modelo a quem Chloe está a esculpir uma estátua, Kira, começa a ver a escuridão que rodeia Chloe e afasta-se, levando Jess a investigar sobre os mistérios daquela casa assombrada.

Entretanto, o detective Boardman tenta ajudar investigando o desaparecimento de Danny e levanta ainda suspeitas sobre a mãe de Chloe.

Agarrem-se bem às vossas cadeiras porque este filme vai levar-vos numa montanha russa de mistérios. Podia falar o dia inteiro sobre ele e como é bom em todos os aspectos!

Envolve lendas urbanas, bruxas, "magia negra", investigações por parte da polícia, intriga, mistério e o momentos de "QUÊ?".

Uma coisa que se nota logo ao início é que Danny desaparece horas depois por causa do espírito mas Chloe foge para casa da sua mãe e consegue escapar à rapidez com que esta entidade ataca. Pensava que era mais uma daquelas falhas no argumento em que "se morresse logo não havia filme" mas isso é explicado um pouco mais à frente - o que protege realmente Chloe de ser atacada e "raptada" pelo espírito é o facto de a mãe sentir um enorme amor por ela. É o amor da mãe que salva Chloe na maioria das vezes.

Há também uma pequena vibe de Poltergeist pelo meio, portas que dão para o "outro mundo" - quem assistiu a Stranger Things vai perceber do que falo quando falo da teoria da pulga e da corda? É isso, pronto.

Temos Kira que age de maneira muito estranha quando vê Chloe, desiste de terminar a sua escultura com o seu filho apenas porque esta se encontra na mesma sala que ela.

Depois temos o Detective que foi o único que apoiou Chloe e Danny quando estavam a instituição e viram o seu colega Michael desaparecer, acusando a "bruxa" Mary Aminov de ter raptado a criança. Mas todos desconfiam dele!

Quem realmente está aqui a jogar? Que entidade é esta? Para onde vão aqueles que desaparecem? Quem está a manipular a realidade?

A lenda urbana de Mary Aminov criada para o filme está muito bem feita. A construção e o suporte de todos os pormenores não foram deixados ao acaso. E eu gosto disso.

Caradog W. James é um realizador a ter em mira no que toca a filmes de terror porque, pelo que sei, este foi o primeiro filme que fez do género e se continuar assim vai juntar-se a minha lista de realizadores favoritos ao lado dos génios Mike Flanagan e James Wan!

Classificação: 8/10